sexta-feira, 20 de junho de 2008

Verdadeiramente um homem





Esqueci de comentar que João foi pajem pela primeira vez. Isso aconteceu no casamento da sua tia e madrinha de batismo.

Tivemos o cuidado de negociar a "compra" desta entrada (vai ter gente "metendo o sarrafo" em mim por causa disso). Combinamos com ele que daríamos um boneco do Backyardigans caso ele entrasse tocando o sininho e deixasse ajeitar seu cabelo.

Trato feito, passamos dois meses lendo e relendo todas as cláusulas deste contrato a fim de evitar surpresas desagradáveis.

Já me antecipo dizendo que saiu conforme o combinado, apesar da "entrada furacão" (esquecemos de incluir nas cláusulas que teria que entrar bem devagar).
Mas em si tratando do João, ele tinha que "dar a dele".

Quando a cabeleireira chegou, descobri que na verdade era homem. Fiquei morrendo de medo dele dar algum fora, mas graças a Deus se comportou direitinho. Pois bem, quando estava todo arrumado, já na igreja, se virou para uma desconhecida e disse:

- Olha, meu cabelo tem gel. Quem colocou este gel foi o tio Cícero. Ele parece uma mulher, mas minha avó disse que ele era verdadeiramente um homem!!!

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Porque 1 pouco, mas 2 é bom

Sábado passado (07/06/08) passamos por uma situação bem delicada. João estava há três dias com febre (baixa) e obstrução nasal. Sintomas típicos de virose. Porém no início da tarde começou a sentir uma dor abdominal intensa. Vivo num local em que o fantasma da dengue hemorrágica "nos ronda". Senti um "frio na alma". Levamos para o hospital, mas a pediatra nos tranquilizou. Não descartou a hipótese, receitou um antibiótico e orientou-nos observá-lo.

Algumas horas depois ele estava pulando com o Felipe na nossa cama. Assim que conseguimos relaxar, escutamos um barulho típico de "cabeçada de menino na parede". O frio na alma voltou. Aconteceu com o Felipe exatamente o que supúnhamos . É bem verdade que já estamos "acostumados" com a testa do Felipe meio roxa, mas desta vez estava fora do comum. O "calombo" subiu muito, como nunca, e imediatamente encheu de sangue internamente. Corremos novamente para o Hospital, desta vez com o outro. Fiquei logo imaginando a possibilidade de ter que drenar, transferir para outro hospital mais especializado etc. Mais uma vez a (santa) médica nos tranquilizou um pouco: "neste caso o melhor a fazer é apenas observar por 24horas, se ele não sentir tontura, vômito ou convulsão, podem relaxar".

Só consegui relaxar mesmo no dia seguinte, mas ao ver o Felipe brincando e saltando como se nada tivesse acontecido (a não ser a "batida feia no capô") fiquei mais tranquilo.

Terminei o dia refletindo o quanto sofremos com os nossos filhos. Mas só sofremos porque amamos. Acredito mesmo, que o "sofrimento é inerente ao amor". Não digo que todo mundo que sofre, ama, mas com certeza, quem ama, sofre (e amadurece com isso). Agradeci a Deus por ter dividido comigo sua paternidade e poder experimentar um pouco do seu amor que protege, cuida e é capaz de desejar sentir a própria dor do filho para evitar que o mesmo sinta.

Confesso que agradeci também por só ter dois filhos, porque ninguém merece ter que ir três vezes no mesmo dia num hospital. he he he