sábado, 26 de janeiro de 2008

Mijo x Xixi


João estava na calçada de uma rua cheia de gente, por isso grita:


- PAI, quero MIJAR!!!!


- O que???? Fale direito!!!- repreendendo João


Gritanto mais forte ainda, ele corrije:


- POR FAVOR Papai, quero MIJAR!!!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

PAIticipação



Sou daqueles que gosta de participar de tudo quando o assunto é família. Quando minha esposa estava grávida sempre ia ao obstetra (inclusive chamava sem perceber de "minha obstetra" causando algumas situações engraçadas).


Tanto o João como o Felipe nasceram prematuramente (o João com 3kg e o Felipe com 2,5kg) e lembro de como ficava com o coração angustiado quando ela começou a sentir dor e corria o risco de aborto.


Minha esposa sentia tudo o que poderia uma grávida sentir, enjoou até da chuva. Teve infecção urinária e no parto do Felipe voltou pra casa com dengue. Imagine: pós-parto e ainda por cima com dengue. E eu lá, sempre ao lado. Na verdade, não digo isso me achando um "pai ou marido especial" não, pelo contrário, não fazia esforço nenhum para estar junto, próximo. Eu não consigo entender é como é que alguns pais trocam a ida ao obstetra por uma rodada de chop com os amigos, isso sim, pra mim seria fazer um esforço enorme.


Assisti aos dois partos que, infelizmente, foram cesários. A dilatação estacionou com 7 cm e, antes que entrasse em sofrimento fetal, o médico optou pela cesária. Isso aconteceu tanto com o João como com o Felipe. No nascimento do Felipe, lembrei do comentário de um amigo que disse não ter sentido nada quando nasceu o segundo, afinal já havia vivido essas emoções com o primeiro. Comigo não aconteceu isso, parecia o nascimento do primeiro filho: fortes emoções, muitas lágrimas e um grande período "anestesiado", abobalhado, sorrindo pras paredes. Se eu tiver um terceiro acredito que vai ser do mesmo jeito.


Semana passada estava meditando sobre o que falam sobre o "instinto materno". Acho que é realmente forte, mas não sei se muito mais forte do que o paterno não, acredito serem diferentes. E tem mais, isso não é algo que é presenteado naturalmente com um barrigão de 9 meses. Se fosse assim, não seria tão comum uma mãe abandonar um filho. E o que dizer daquelas que adotam? Que não o carregam no ventre? Vão ser relegadas a um "instinto" menos forte? Acredito que isso é construído aos poucos, a diferença é que com o pai só acontece depois que o bebê nasce...

... mas como sou hiperativo e não aguento esperar, acabei antecipando esse "sentir-se pai" durante a gravidez, por isso, caso não exista "instinto paterno"eu tenho é o materno mesmo.

Ps- A primeira foto é do parto do João e a segunda é do Felipe.

Pais preocupados


Os pais da Luana (melhor amiga do João) vieram me procurar preocupados :-)


No dia 31/12/2007 (esta data vai ficar registrada), Luana conversou seriamente com eles:


- Pai, o João me pediu em casamento e eu disse "Sim, eu aceito".


Meninos precoces esses he he he


Mas se depender da sintonia deles esta história vai longe....

domingo, 13 de janeiro de 2008

A torre da Fiona




João tem uma mania peculiar. Toda vez que vai fazer algo mais sólido no banheiro, batiza suas crias. Sendo assim, já fez um microfone, o dvd do Jota Quest e do Skank, Jacaré passeando na lagoa, patinho etc.


Ontem ele foi súper original, fez a TORRE DA FIONA...Dessa vez não resisti...Não é que parecia mesmo???? E que TORRE!!!! HE HE HE

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Os pintinhos do João


Na minha infância, sempre sonhei em ter um cachorro. Como morava em apartamento e minha irmã tinha verdadeiro pânico de qualquer tipo de animal (até mesmo formiga), meus pais nunca me deixaram ter um...Achava que iria resolver este meu trauma de infância quando os meus filhos ganhassem um.
Certo dia, estava passeando com o João no centro, quando avistei uma loja que vendia animais. Como ele não tinha ainda nem 2 anos, optei por comprar um pintinho.

Assim que chegamos em casa, reparei o olhar de reprovação da Débora (minha esposa) e da Francisca (nossa secretária). Ambas foram logo dizendo que não iriam cuidar dele (ô pobrezinho!!!). Cabia então a mim e ao super Jonh sermos seus pais.

Nos primeiro minutos lá em casa,o pinto subiu na minha perna e fez cocô. Nunca escutei tantas gargalhadas das "duas madrastas más" como nessa hora.

Como o João começou a ficar com medo do pintinho resolvi colocá-lo numa caixa de papelão.

Depois de alguns minutos de silêncio e paz, resolvi ver o que o João estava fazendo. Me deparei com o mesmo fazendo xixi em cima do pintinho.

- João? O que você está fazendo rapaz?

- Papai, é que o pintinho queria tomar banho!!!

Depois desse episódio decidi colocar o pintinho em algum orfanato para ser adotado por pais mais zelosos...Porém, às 16:05h, ele não aguentou e dormiu...para sempre!!!!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Senso de Justiça


Acredito que não exista uma coisa que nos mude mais do que a paternidade. Na minha vida passei por inúmeros processos de mudanças como quando passei no vestibular, saí da casa dos meus pais aos 19 anos, casei etc. Mas nenhuma mudança foi tão intensa em tão pouco tempo como a que começou a ocorrer depois do nascimento do João e do Felipe.

Uma das coisas que mudou demais foi o meu senso de justiça. Acreditava que seria justo no momento em que desse "a metade de uma maçã para cada, se só existisse uma na geladeira". Ledo engano. Cada um é único, tem necessidades diferentes, reagem e sentem de forma diferentes, possuem sensibilidades particulares e cabe, de uma forma especial, aos pais perceberem isso e atenderem partcularmente a cada um. Percebi também que os extremos muitas vezes se tocam e que facilmente posso cometer um ato de injustiça achando estar sendo o mais justo possível.

João, apesar de sensível, demonstra entender mais o "não pode", o "não faça isso", o castigo (de acordo com a SuperNany seria "disciplina", mas nós optamos por adotar o castigo "mermo" he he). Ele chora quando sofre advertência, mas logo passa o que sente e já corre para nos abraçar. O Felipe já é mais sensível, se recebe um "não" chora copiosamente (nossos vizinhos devem viver pensando que batemos muito nele). O mais difícil é que ele chora muito e volta pra fazer a mesma coisa que estava fazendo antes. Nos testa muito, mas ao mesmo tempo parece sentir muito quando o repreendemos. Sei que é carência, necessidade de receber afeto, amor. E cabe a mim suprir esta necessidade sem, ao mesmo tempo, deixar de educar com firmeza.

Ser justo não é tão fácil quanto resolver uma expressão de álgebra mascando chiclete e ouvindo música.

Ainda bem que optei pela profissão de adminstrador!!!




domingo, 6 de janeiro de 2008

Menino observador


João estava na missa. Resolvi colocá-lo nos braços e ir mostrando as imagens da Igreja. Paramos em frente ao Cristo crucificado. João lança sobre ele um olhar profundo. Quando começo a pensar que ele está rezando escuto sua conclusão:


- Legal, Cristo usava fralda!!!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Mamãe Cantora


João tinha um pouco mais de um ano. Não sabia falar. Débora, sua mãe, o colocava para dormir e estava deitada com ele numa rede.

Como é de praxe, começou a ninar, cantando músicas que ele gostava.

Ele olhou para ela, pegou a única coisa que estava ao seu redor e não pensou duas vezes, enfiou uma fralda em sua boca.

Ela entendeu a mensagem e parou de cantar.